Não creio se tratar de uma “mulher da vida”, como muitos a consideram.
Apesar disto, provavelmente sua má reputação a precedia… e antes de chegar a algum lugar, os comentários e olhares acusadores já estavam presentes!!
Afinal, quem busca água ao meio dia num poço, numa região árida e quente?
Todos querem buscar água fresca no amanhecer, o mais cedo possível! Será que não lhe davam a vez? Ou, seria para evitar os olhares acusatórios alheios?
No contexto da época, no mínimo, sua ética sexual e relacional era questionável, afinal, cinco maridos já teve, e o homem com quem morava, nem marido era, conforme João 4.18. Olhares de acusação provavelmente a acompanhavam na sua cidade. O capítulo quatro do evangelho de João nos apresenta um encontro muito importante desta mulher com Cristo:
“… pouco depois, uma mulher samaritana veio tirar água, e Jesus lhe disse: ‘Por favor, dê-me um pouco de água para beber’.” João 4.7
Para se dirigir a ela e expressar esta frase, Jesus precisa vencer pelo menos 3 tipos distintos de preconceitos daquela época:
- judeus não tinha contato com samaritanos, leia o v.9.
- um homem não falava com mulher estranha, veja v.10
- um líder religioso não falaria com uma mulher de reputação ética questionável como a dela, v.16-18.
Jesus não tem medo de quebrar essas barreiras, pois, sabe do que ela precisa!
DIÁLOGO:
- Qual seria sua reação, se você estivesse no lugar de Jesus?
- E estando no lugar da mulher, como você se posicionaria? veja João 4.9.
- Diante de qual pessoa, ou grupo de pessoas, você teria dificuldade de se aproximar com humildade, como Jesus o fez?
Marcas de uma vida…
Fácil é olharmos para uma pessoa e a julgarmos pela sua atual situação. Mas, o que a levou para que carregasse tantas feridas? O que está por detrás de uma história que a deixou marcada de forma tão negativa?
Não queremos aqui justificar os vários casamentos da mulher samaritana, antes, precisamos entende-la no seu contexto: naquela época, quem poderia pedir carta de divórcio, era o marido. Seria ela uma mulher inapta para relacionamento a dois? Ou, era mais uma vítima de um machismo clássico? Não sabemos! Mas, percebemos neste texto que Cristo a entende e também sabe das suas ansiedades. Sabe inclusive que ela está buscando matar sua “sede de vida” onde não lhe seria possível!
Leia a história adiante, João 4.10-15
DIÁLOGO:
- Que marcas você carrega? O que está por detrás de suas escolhas que alguns julgam erradas? O que lhe levou às suas “marcas da vida” e subsequentes frustrações?
- Você percebe que Cristo lhe entende? Que não veio para lhe julgar, pelo contrário, Cristo quer lhe ajudar a encontrar nEle, novamente a fonte de água viva?
“Se ao menos você soubesse que presente Deus tem para você e com quem está falando, você me pediria e eu lhe daria água viva.” Foi a afirmação de Jesus no verso 10.
Após o diálogo inicial sobre a “água viva”, Jesus revela as cicatrizes da mulher, versos 16 -18 (o que deveria fazer com que percebesse sua necessidade de água viva). Em seguida, eles discutem religião, isso nos versos 20-24. Mas, Jesus, por meio do diálogo, continua afirmando:
- Mulher, o que você está buscando, não está nos casamentos!
- Da mesma forma a resposta também não está na religião!
De fato, casamento e religião têm sua função importante na vida, mas, o que Cristo oferece, apenas ele mesmo pode saciar! E parece que ela concorda, ao afirmar, no verso 25:
“Eu sei que o Messias virá. Quando ele vier, ele nos explicará tudo.”
Neste momento, leia o verso 26, Cristo se revela.
DIÁLOGO:
- O que um encontro com Cristo pode nos proporcionar?
Leia João 7.36-39 e reflita:
- O que Cristo quis dizer à mulher samaritana, quando prometeu “água da vida”?
Cristo, a fonte de água viva deixa uma nova marca na vida daquela mulher. De que forma esse encontro afetou sua vida e a vida daquele povoado?
Leia João 4.27-30; 39-42.
DIÁLOGO:
- De que forma a presença de Cristo já marcou nossas vidas e nossos relacionamentos?